Os debates sobre a tentativa de um vereador de Cascavel de proibir a a tarifa mínima de água cobrada pela Sanepar geraram um mal-estar entre os edis. E, por esse e outros motivos relacionados ao serviço prestado pela companhia, já se fala na instalação da primeira CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do ano. O clima ruim saiu dos bastidores e foram expostas em sessão, nesta segunda-feira (18). Tudo começou no fim de semana. É que desceu amargo para autor, vereador e líder do governo na Casa, Romulo Quintino (PSL), o parecer contrário da Comissão de Justiça ao projeto proíbe a Sanepar de cobrar a tarifa. Ele denuncia que a empresa decidiu, à revelia, reduzir o índice de consumo para cobrança da tarifa de 10 m³ para 5 m² de sem reduzir o valor, que é de R$ 63,58. Isso configuraria, nas palavras de Romulo, quebra de contrato. O membro da Comissão, Rafael Brugnerotto, alega que não há descumprimento contratual porque a Agepar (Agência Reguladora do Paraná) tem autorização para fazer mudanças que julgar necessárias. CIÚME DE HOMEM Em nota enviada à imprensa, o vereador no fim de semana, Romulo afirmou: "Não sou advogado da Sanepar, defendo os cascavelenses" e atribuiu a Brugnerotto a relatoria para o parecer contrário. O que deu margem à interpretações diversas, sobretudo, a de que os vereador que fosse o contra o projeto estaria contra o povo. As reações, você pode ver o vídeo. Mas, resumindo, Brugnerotto afirmou que a crítica de Romulo se trata de ?ciúme de homem" e até ameaçou fazer uma queixa-crime. INTRIGA O vereador Misael Junior também reagiu. Queixou-se que Romulo estava prejudicando-o em suas bases eleitorais e que não entender como o prefeito escolheu um líder de governo que coloca um vereador contra o outro. CPI DA SANEPAR No fim da conversa, o vereador Celso Dalmolin jogou na roda que está prestes a propor a Sanepar e que prepara a documentação para começar a coletar assinaturas.