O promotor Alex Fadel declarou que Eduardo Leonildo da Silva, acusado de matar Tabata Fabiana Crespilho da Rosa, de seis anos, em 2017, na cidade de Umuarama, confessou o crime durante o interrogatório. O julgamento acontece desde a manhã desta quinta-feira (15) em uma instituição particular de Cascavel.
Conforme Fadel, a confissão do acusado teve como pretensão a redução de pena. "O que eu entendo é que isso não é suficiente para que a pena seja reduzida. Ainda que ele tenha confessado dessa forma, ele não foi sincero, não foi uma confissão espontânea, foi pressionada, por isso o Ministério Público vai pedir para o juiz para que não reduza a pena", afirmou. "A pena terá de ser aquela mais alta possível pela garantia da ordem pública e das nossas crianças no estado do Paraná e Brasil", acrescentou o promotor.
As testemunhas foram ouvidas durante a manhã e ao longo da tarde ocorrerão os debates do Ministério Público e da defesa do acusado, ambos com uma hora e meia de duração.
O acusado enfrenta o julgamento por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável. Ele já é condenado pelo homicídio de uma ex-namorada, de 15 anos, que na época foi assassinada a pedradas em Chopinzinho. Além disso, também há dois inquéritos policiais pelo crime de estupro.
Conforme Fadel, a expectativa é que o réu seja condenado a 40 ou 45 anos de prisão, tendo em vista que somente do homicídio, que sustenta duas qualificadoras, são 30 anos de reclusão.
Devido à pandemia, o julgamento é realizado de maneira semipresencial e por videoconferência. Em Cascavel, somente a promotoria, juntamente com a assistente de acusação, contratada pela família de Tabata, acompanham o caso. Os demais integrantes do julgamento, participam em seus respectivos municípios. O acusado foi ouvido de Curitiba, onde está preso há três anos.
Relembre o caso
Tabata desapareceu no dia 26 de setembro de 2017, a caminho da escola, no parque Danielli. Seu corpo foi encontrado no dia 28, após a prisão de Silva, que até então era suspeito do crime.
Em depoimento, o servente de pedreiro declarou que estava bêbado na ocasião e escolheu a vítima na rua por acaso. Em seguida, ele asfixiou a criança dentro do carro. O suspeito ainda admitiu que usou uma pá e uma corda para fazer a cova e amarrar o corpo da menina. Silva disse que se arrepende do que fez, mas que não lembra exatamente o motivo pelo qual cometeu o assassinato.
Conhecido como Maníaco do Parque, Eduardo já havia assassinado uma adolescente de 15 anos em Chopinzinho, sudoeste do Paraná. Ele cumpriu pena de seis anos em regime semiaberto.
Redação Catve.com
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