Preso em flagrante acusado de tortura contra dois suspeitos de roubo, Silvano Rogério Weber, de 35 anos, deixou a Central de Flagrantes de Curitiba no fim da tarde de quinta-feira (6). Ele foi detido durante a madrugada, após dois homens invadirem sua casa, no Bairro Hauer, para roubarem uma bicicleta.
Em entrevista após deixar a prisão, ele afirmou que não houve qualquer tentativa de tortura. "Eu só fiz o que qualquer cidadão faria pela sua famÃlia e, se tivesse que fazer de novo, faria com certeza. Quando vi o roubo, eu persegui, abordei e chamei a polÃcia. O equÃvoco foi que soltaram os bandidos e me deixaram aqui. Eu apenas pedi para que eles saÃssem do carro e colocassem a mão na cabeça", afirmou Weber.
Detido por mais de 12 horas, Weber ainda descreveu a dificuldade de permanecer preso. "Até agora eu estava algemado. Foi constrangedor e eu me senti um bandido, o que não sou. Sou um trabalhador que ficou algemado nas pernas e nos braços, enquanto os bandidos foram liberados", lamentou.
O alvará de soltura foi expedido pela juÃza Anne Regina Mendes. Na decisão, ela converteu o flagrante em prisão preventiva, mas concedeu a liberdade com base na ausência de antecedentes criminais de Weber. Ela ainda determinou medidas cautelares, como o compromisso de comparecimento a todos os atos do processo e recolhimento domiciliar diário após 20 horas, inclusive nos feriados e finais de semana.
Segundo o advogado Diogo Cardoso Mendes, a defesa irá trabalhar para diminuir as restrições, principalmente a que trata do recolhimento domiciliar. "A mobilização é para melhorar a vida dele. É um cidadão, com mãos e dedos pichados com tinta automotiva, e que trabalha em uma empresa reconhecida. Confiamos na Justiça para resolver isso o mais rápido possÃvel", disse.
Banda B
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