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Federação contesta fechamento de fábrica da Petrobras em Araucária

Com a mobilização, os manifestantes esperam que a decisão seja revista


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Após o anúncio de que a fábrica de fertilizantes da Petrobras em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, será hibernada, os trabalhadores realizaram um protesto em frente à empresa na manhã desta sexta-feira (17). O anúncio do fechamento da Araucária Nitrogenados (ANSA) foi feito na terça-feira (14) e a medida acarretará em um grande número de demissões. O anúncio oficial da Petrobras fala em 396 desligamentos, mas as entidades sindicais trabalhistas garantem que o "efeito cascata" pode ocasionar um número de demissões muito maior. Em comunicado, a estatal disse que a decisão sobre o fechamento da unidade, que consiste na interrupção da produção no local, acontece após o encerramento das tentativas de venda do ativo por mais de dois anos. No entanto, o diretor de comunicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Gerson Castellano, contesta a informação e afirma que o impacto do fechamento será bem maior que o descrito pela estatal. "Estamos aqui para chamar atenção da sociedade e conscientizar os trabalhadores, para evitar que esse fechamento seja feito, uma vez que a alegação da Petrobras que a fábrica está dando prejuízo é fantasiosa e falaciosa, porque a matéria prima para produzir o fertilizante vem da própria refinaria. Ela quer fazer preço internacional de algo que ela produz localmente. Então a gente entende que esse processo vai aumentar o desemprego, desindustrialização de todo país e acabar com as nossas tecnologias", destaca. Para a federação, o aumento da importação de fertilizantes coloca em risco a segurança e a soberania alimentar do país, que fica ainda mais dependente das flutuações do mercado externo. "O melhor caminho é reverter o processo politicamente. Esperar que os governos municipais, estaduais e federais pressionem para que a Petrobras mantenha essa unidade funcionando pelos empregos e pela questão estratégica de ter fertilizantes produzidos aqui no país. A hora que fechar essa fabrica nós vamos ter que importar 100% de todos os fertilizantes e principalmente de países que tem conflitos políticos muito sérios", ressalta Castellano. Com a mobilização, os manifestantes esperam que a decisão seja revista. "Agora a gente vai ter conversas com o prefeito de Araucária e tentar conversar com o governador para tentar levar tudo o que temos relativo a esse fechamento", finaliza o porta-voz.

Redação Catve.com

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