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Viagem de ministra com Bolsonaro é sinal positivo para o agro


A ministra Tereza Cristina acompanhou Jair Bolsonaro na viagem aos EUA. Sinal positivo ao agro. Há tempos não se via proximidade entre a agricultura e a presidência da República. Além de acompanhar Bolsonaro, a ministra da Agricultura seguiu agenda própria. Na terça-feira (19), após o encontro com Trump na Casa Branca, ela manteve reunião com Sonny Perdue, secretário de Agricultura dos EUA. Na pauta, as exportações de carne bovina. Nesta quarta-feira (20), em Nova York, reúne-se com investidores e executivos internacionais por 2 vezes: no Council of The Americas e na Brazilian American Chamber of Commerce. Na quinta-feira (21), faz nova rodada de conversas em evento promovido pela XP Investimentos. Desde 2016 o Brasil ocupa a 3ª posição no ranking dos maiores exportadores agrícolas do mundo, com fatia de 5,7% do mercado global, abaixo apenas da Europa e dos Estados Unidos. Em 2018, as exportações do agronegócio nacional atingiram um recorde de US$ 101,7 bilhões, alta de 5,9% sobre o ano anterior. Afora as divisas que gera ao país, é sabido que nesses anos de crise econômica as cadeias produtivas ligadas ao campo mantiveram bom desempenho, segurando o PIB. Seu dinamismo trouxe reflexos importantes na renda agregada e no emprego pelo interior do país. Essa pujança do agro nacional desperta, crescentemente, o interesse estrangeiro. Mas as incertezas da política, notoriamente, espantavam os investidores. Caso retorne o grau de confiança, poderá haver uma avalanche de recursos na expansão das atividades agroindustriais. Produtividade e rentabilidade são hoje assegurados no agro brasileiro por um incrível modelo de produção que alia as conquistas tecnológicas à tropicalidade, permitindo obter safras contínuas na mesma área de terra. Um milagre agronômico que encanta o mundo. Nesse contexto se encaixa essa viagem de Bolsonaro e Tereza Cristina aos EUA. Politicamente, o setor do agro sempre foi tratado com certo desdém pelo poder central. Aos presidentes da República interessou, quase tão somente, granjear os votos ruralistas no Congresso. A política econômica do Brasil, por sua vez, sempre se aproveitou da força da nossa agricultura para segurar a inflação, porém jamais a inseriu no centro da estratégia de desenvolvimento. Julga-a mera produtora de commodities. Nesse contexto, aos ministros da Agricultura era oferecida uma espécie de 2ª classe da Esplanada. Nunca gozaram da intimidade do Planalto, mendigando nas portas da Fazenda. Bolsonaro pode, assim, virar uma página da nossa história, reconhecendo a importância do agro na agenda do futuro do país. O Brasil, afinal, não é mais um imenso latifúndio. Cada grão de soja colhida significa muita tecnologia em ação. Os gringos sabem disso.

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