Imagem ilustrativa - Catve
A PolÃcia Civil de Santa Catarina, com apoio da PolÃcia Civil do Rio Grande do Sul, cumpriu dois mandados de prisão expedidos pelo crime de maus tratos com resultado morte contra criança, na quarta-feira (27).
Entenda o caso
Os foragidos, mãe e padrasto da criança, alegaram no registro da ocorrência junto à PolÃcia Civil, que a criança teria caÃdo batendo com a cabeça enquanto estava com eles em um shopping da cidade de Florianópolis, mas que não aparentou estar passando mal, por isso, foi levada ao hospital apenas um dia depois do fato, quando só então teria acordado se sentindo mal. A criança teria voltado para casa e sido encaminhada novamente ao hospital somente no dia seguinte, já inconsciente. Ela foi reanimada pela equipe médica, mas acabou tendo morte cerebral.
Porém, a perÃcia determinou que a causa da morte da criança, ocorrida no dia 21 de junho de 2015, em Florianópolis, aconteceu em razão de "SÃndrome do Bebê Sacudido" (ou Maltratado), que é definida como uma agitação vigorosa do corpo da criança com sacudidas exageradas da cabeça quando a criança teria sido contida pelas extremidades ou pelos ombros.
Conforme apontou o laudo médico, tal movimentação, repetida e exagerada da cabeça da criança, pode causar ruptura dos vasos cerebrais e retinianos e gerar hematoma subdural agudo, com uma série de hemorragias. O quadro teria evoluÃdo para a morte da criança, que tinha apenas 4 anos na época do fato.
O casal foi condenado após longo processo criminal por maus tratos com resultado morte contra criança. Durante o processo, diversos subterfúgios jurÃdicos foram utilizados para a postergação da sentença, com a finalidade de despistar a Justiça.
Rota de fuga
A mãe da vÃtima e o padrasto estavam com ordens de prisão em razão de trânsito em julgado de sentença condenatória, expedida pela 1ª Vara Criminal de Florianópolis, após retorno dos autos das instâncias superiores. O processo iniciou-se no ano de 2015 e ambos estavam foragidos desde junho de 2023.
Após tomar conhecimento das ordens judiciais de prisão, a Delegacia de Capturas realizou incessantes diligências investigativas durante dois meses e, assim, tornou possÃvel obter o paradeiro dos foragidos, que estavam em uma casa alugada para a temporada na cidade de Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul, onde foram presos pelos policiais civis.
Os foragidos estavam há quase um ano morando em locais mediante aluguéis para temporada e em hotéis, em diversas cidades turÃsticas e praias gaúchas e catarinenses, vivendo uma vida confortável e utilizando documentos falsos.
Uso de documentos falsos
Durante a prisão, o homem apresentou uma CNH falsa e foram apreendidas com os foragidos uma camiseta da PolÃcia Civil de Santa Catarina e uma carteira funcional de Oficial de Justiça.
Os presos foram conduzidos à 6ª Delegacia de PolÃcia de Porto Alegre, onde, após a realização dos procedimentos, foram autuados ainda pelo crime de uso de documento falso. Os dois permanecerão à disposição do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul para a realização de audiência de custódia.
Redação Catve.com
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