Na tarde desta sexta-feira (22) o Tribunal de Justiça do Paraná reconheceu o trânsito em julgado dos recursos apresentados pelo policial militar, acusado de atirar contra um rapaz deficiente, na linha Tangará, Zona Rural do MunicÃpio de Lindoeste, Oeste do Paraná.
Após negativa do recurso contra a decisão do JuÃzo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cascavel, que pronunciou o policial militar pelos crimes de homicÃdio qualificado tentado e fraude processual, os desembargadores mantiveram a decisão, julgando improcedentes os recurso da defesa.
Desta forma está mantido o julgamento do PM pelo Plenário do Tribunal do Júri de Cascavel.
Na abordagem que aconteceu dia 08 de maio de 2018, três policiais estariam envolvidos, mas apenas um vai a Júri, acusado de ter atirado contra a vÃtima Isaac.
Outros dois PMs envolvidos, foram denunciados apenas pelo crime de fraude processual, acusados de terem auxiliado em implantar a arma de fogo junto ao deficiente fÃsico baleado.
Os dois aceitaram a proposta de suspensão condicional do processo oferecida pelo MP e agora cumprem obrigações impostas pelo juÃzo, não sendo levados ao julgamento pelo Tribunal do Júri.
O PM acusado de tentativa de homicÃdio e fraude processual, será julgado por tentativa de homicÃdio qualificado e fraude processual. E o julgamento será marcado pelo juÃzo da 1ª vara criminal.
O Comando Geral da PMPR instaurou procedimento administrativo para apurar o caso e no fim da investigação optou por arquivar o processo.
SOBRE O CASO:
O caso aconteceu no dia 08 de maio de 2018. Eles deslocaram-se até a Linha Tangará, Zona Rural do MunicÃpio de Lindoeste, e Cascavel, para averiguação de uma denúncia de que estaria ocorrendo um crime de invasão de propriedade privada, envolvendo cerca de dez pessoas, as quais estariam armadas com duas armas longas e revólveres.
A primeira residência que avistaram foi a do funcionário de João Nadir, chamado Antonio Valin. Nesse local, especificamente no lado de fora da casa, os denunciados avistaram a vÃtima Isaac Valin, filho de Antonio Valin, portador de deficiência mental, o qual não teria atendido a ordem de abordagem emitida.
Os policiais alegam que o homem desobedeceu a ordem. Momento em que foi atingido por três disparos de arma de fogo.
Segundo a denúncia, o acusado praticou o crime mediante recurso que dificultou a defesa da vÃtima, pessoa portadora de deficiência mental, a qual foi surpreendida e alvejada no pátio da casa.
A denúncia foi oferecida pela Promotora do Gaeco, Juliana Stofela. Todo o processo tem mais de 600 páginas com depoimentos, laudos do IML (Instituto Médico-Legal) e da Apae, conversas e provas.
Redação Catve.com
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