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Grupo Tigre descreve os 5 dias da investigação do caso Tamires Gemelli

Efetuar pagamento não estava nos planos pelo risco à vida da vitima


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O delegado Cristiano Quintas, responsável pelo grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) conversou com a CATVE sobre o resgate e toda a investigação do sequestro de Tamires Gemelli Mignoni, que durou mais de 130 horas, sendo um dos mais longos da história do Paraná. No primeiro momento, a equipe acreditava que ela era vítima de um sequestro relâmpago por conta do carro que estava, um Equinóx avaliado em R$130 mil, e por isso teriam levado a vítima junto. Ao decorrer da investigação, horas depois o carro foi localizado abandonado cerca de seis quilômetros de onde os criminosos a abordaram, deixando para trás documentos pessoais, entre outros objetos da vítima. "O delegado-chefe da Polícia Civil me ligou por conta do caso e pediu para iniciarmos uma apuração junto com o Rio Grande do Sul para tentar localizar a vítima, filha do prefeito de Laranjeiras do Sul". O sequestro aconteceu às 11h21 do dia 16 de outubro quando Tamires saia da Unidade Básica de Saúde onde atende como ginecologista, contratada pelo Prefeitura de Erechim. A primeiro dado concreto aconteceu com a identificação do casal que sequestrou a vítima, os dois moradores de Cantagalo, mas que atuam nas carreiras em Laranjeiras do Sul. Quintas conta que por se tratar de alguém tão conhecido como é o vigilante, mesmo com o pagamento do resgate milionário de R$2 milhões, não tinha como ter certeza de que ela sairia viva do cativeiro. "Por ele ser muito conhecido e ela chegar reconhece-lo, nós nos preocupávamos com a possibilidade de ela ser morta após o pagamento. Somos totalmente contra o pagamento de resgate", descreve o chefe da operação antissequestro do Paraná. Muito se fala sobre o motivo que os envolvidos, mesmo sem experiência, resolveram percorrer mais de 400 quilômetros entre rodovias federais e estaduais para manter a vítima em cativeiro em Cantagalo. O Grupo Tigre conta que a escolha se dá pelo reconhecimento da região, já que eles trabalhavam com a concretização do pagamento teria o facilitador na fuga. Quatro pessoas foram presas, o segurança do Banco do Brasil - contratado por empresa terceirizada e que articulou todo o rapto, a esposa dele - que segundo a polícia não participou ativamente do crime, mas dificultou a investigação. O taxista que era o responsável por levantar o dinheiro e comprar mantimentos à vítima e também para a casa onde o cativeiro foi montado e a mulher que ficou no cativeiro, teve contato direto com a Tamires e que manteve ela em cárcere por todo esse tempo. Os quatro respondem por extorsão mediante sequestro e podem pegar de 8 a 15 anos de prisão. Eles foram levados a Laranjeiras do Sul e depois encaminhados a Erechim, no Rio Grande do Sul.

Redação Catve.com

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