Berto Silva, atual prefeito de Laranjeiras do Sul e pai de Tamires Regina Gemelli, falou com exclusividade com a CATVE para contar sobre o sequestro que durou 131 horas, um dos maiores do Paraná.
Berto revela que nunca imaginou que isso poderia acontecer com a família dele. "O cara frio e calculista, o vigilante do Banco do Brasil mora a 60 metros de Laranjeiras do Sul", revela.
O pai da médica ginecologista revelou que ainda em viagem, quando estava a 70 quilômetros de Erechim, na sexta-feira (16) ele recebeu a primeira ligação dos criminosos, por volta das 19 horas, que solicitavam o valor milionário para libertar a vítima. "Eu me dirigia para lá e eles pediam R$2 milhões. Isso vasou e não por nós, então os investigadores me orientaram a fazer uma nota para desmentir para que ela não corresse risco de vida no cativeiro", descreve.
O prefeito revela que ainda não sabe se todo o plano pode ter envolvimento político por trás, já que concorre a reeleição. "Eu não sei se tem cunho político, porque eu não colecionei inimigos a ponto dê. Eu sou prefeito há doze anos, eu nunca pensei que pudesse ou que tivesse alguém que pudesse fazer mal a minha filha por conta da atividade política", esclarece.
Um dos pontos chaves é a questão do não pagamento do sequestro, para Berto, conseguir chegar ao cativeiro, retirar a vítima com vida e evitar o pagamento impedem que outros sequestros ocorram por conta desse dinheiro, caso o pagamento fosse efetuado. "Eu vou ser sincero, eu reuni o dinheiro com amigos, porque em último caso eu pagaria para ter minha filha de volta, não perderia ela por conta de dinheiro. Eu fiz o meu dever de pai".
Berto conta que chegou a avisar a equipe de inteligência que tinha o dinheiro em mãos.
O esposo de Tamires, Lucas Mignoni revela estar aliviado. "Feliz por ter ela de volta e agora é descansar", finaliza.
Redação Catve.com
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