Números divulgados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na quarta-feira (18), mostram que um suspeito morre a cada 28 horas em confrontos policiais no Paraná. De acordo com o Ministério Público (MP-PR), foram 309 mortes em 2019, uma redução de 6,12% se comparado com o ano anterior.
Segundo o MP-PR, essa é a primeira vez que esse número tem um decréscimo desde que o Gaeco passou a fazer o controle desses registros, em 2015.
Entre os casos, 294 envolvem policiais militares, seis ocorreram em confrontos com policiais civis e sete com guardas municipais. As cidades com maior número de casos foram Curitiba (78), Londrina (36), São José dos Pinhais (18) e Cambé (12).
Estratégia
O controle estatístico das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de estratégia institucional de atuação do MP-PR com o objetivo de contribuir para diminuir a letalidade das abordagens conduzidas pela polícia. As iniciativas do Ministério Público são constantemente discutidas com representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública, da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Além disso, a exemplo dos demais MPs do Brasil, o Ministério Público do Paraná aderiu ao programa nacional. "O MP no enfrentamento à morte decorrente de intervenção policial", instituído pelo Conselho Nacional do Ministério Público, por meio da Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança.
A iniciativa do CNMP tem como objetivo assegurar a correta apuração das mortes de civis em confrontos com policiais e guardas municipais, garantindo que toda ação do Estado que resulte em morte seja investigada.
Banda B
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