O ministro da Justiça, Sergio Moro, disse hoje (25) que há "receio exagerado" do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a respeito dos riscos do presÃdio federal existente na região. Após a transferência de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, lÃder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), e mais três integrantes do grupo para o presÃdio federal no DF, Ibaneis afirmou que buscaria o fechamento do presÃdio.
"Acho que há um receio um pouco exagerado porque a liderança criminosa vem para um presÃdio federal de segurança máxima, onde ela fica em um sistema carcerário muito rÃgido, sem condições de controlar a atividade criminal fora. Talvez haja uma certa incompreensão da posição dessa pessoa aqui do DF, mas posso assegurar aos moradores que eles estão absolutamente seguros", disse Moro, após evento em BrasÃlia.
Inaugurada em outubro de 2018, a Penitenciária Federal de BrasÃlia é uma das cinco unidades de segurança máxima federais destinadas a isolar presos condenados e provisórios sujeitos ao Regime Disciplinar Diferenciado, lÃderes de organizações criminosas e réus colaboradores presos ou que delatores premiados que correm risco de vida no sistema estadual.
Em sua reclamação, Ibaneis havia manifestado seu desejo de ser ouvido por Moro e pelo presidente Jair Bolsonaro. O ministro disse ter conversado com o governador e acrescentou que o presÃdio não será desativado.
"O presÃdio de segurança máxima foi feito exatamente para isolar e absorver essas lideranças criminosas. Nós não podemos simplesmente não utilizar o presÃdio de segurança máxima. Existem [presÃdios federais] em outras comunidades e não existe essa reclamação".
Além da unidade no DF, existem outras quatro em funcionamento no paÃs: Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Catanduvas, no Paraná, Mossoró, no Rio Grande do Norte, e Porto Velho (RO).
Agência Brasil
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