Trânsito

Polícia ouve 7 funcionários da Ecovia sobre acidente com oito mortes na BR 277

Funcionários contaram que estavam em monitoramento e sinalizaram vias sentido Curitiba


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A Polícia Civil de São José dos Pinhais ouviu sete funcionários da Ecovia sobre o acidente que matou oito pessoas e deixou 25 feridas, na noite de 2 de agosto, na BR 277, na região Metropolitana de Curitiba. Por telefone o delegado Fábio Machado contou que os depoimentos foram colhidos com a equipe que estava de plantão naquela noite. Entre os trabalhadores, estão quatro operadores de trânsito que faziam a sinalização da rodovia nas proximidades do acidente. Ao delegado, os funcionários disseram que faziam a sinalização do trecho da BR 277, no sentido Curitiba, a visibilidade era muito baixa - entre dois e três metros e revelaram apenas ter percebido algumas luzes, mas com pouca chance de identificação do acidente. Eles revelaram que só souberam do acidente quando houve o acionamento do Corpo de Bombeiros e PRF (Polícia Rodoviária Federal). O delegado está com imagens de monitoramento das câmeras de segurança da Ecovia e também dos motéis que estão no trecho. Tudo será analisado ao longo da investigação para identificar a cronologia da fumaça e neblina, saber que horas começou, quanto tempo para que a visão fosse comprometida e quanto tempo depois do acidente ela sumiu. Os laudos vão apontar quando a empresa responsável pelo trecho deveria ter sinalizado as pistas e também quando não havia necessidade. A investigação começa agora a ouvir as vítimas que já receberam alta do hospital, novas testemunhas do acidente e familiares das vítimas fatais. O objetivo da Polícia Civil é ouvir pelo menos mais 30 pessoas. Os laudos periciais do tacógrafo do caminhão devem sair em no máximo de 10 dias e vai revelar a velocidade exata que estava no momento da batida. A conclusão do inquérito de investigação deve acontecer dentro do prazo de 30 dias. O ACIDENTE O acidente envolveu mais de 22 veículos - 16 carros, cinco motocicletas e um caminhão, na noite daquele domingo. Oito pessoas morreram e pelo menos 25 ficaram feridas, em São José dos Pinhais, região Metropolitana de Curitiba. A batida provocada pela falta de visibilidade por conta da fumaça, aconteceu no quilômetro 77 da BR 277. O IML (Instituto Médico-Legal) de Curitiba recebeu os oito corpos - cinco mulheres e três homens, todos adultos, segundo os dados repassados. As vítimas tiveram múltiplas fraturas e algumas delas foram mutiladas. A cena do acidente chamou a atenção das autoridades que precisaram montar uma força-tarefa para manter a segurança do trecho - que ficou bloqueado por mais de seis horas, por conta da baixa visibilidade. Mais de 10 ambulâncias foram necessárias para atender e encaminhar as vítimas aos hospitais. O caminhão que seguia sentido a Paranaguá atropelou os passageiros dos carros que observavam no acostamento, o engavetamento registrado momentos antes. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) afirmou que alguns veículos se envolveram na batida e permaneceram nas faixas de rolamento. Alguns ocupantes deixaram os veículos e permaneceram na rodovia, momento em que a carreta, que não conseguiu frear, colidiu com os veículos parados na rodovia, atropelando as pessoas que estavam no local. VÍTIMAS FATAIS Guilherme Ribas 28 anos, irmãs Jéssica Oliveira, 22 anos, e Ester Nunes, 20, o marido de Ester, Fernando Jaroz, 20 anos. A servidora da UFPR, Jurema Elvira Ferreira dos Santos, 43, e a estudante de Licenciatura em Educação Física da UFPR, Emanueli de Fátima dos Santos Ferreira, 23 anos, Jéssica Souza e Lucas Moreira.

Redação Catve.com

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