A travessia de pedestres está prevista no CTB (Código de Trânsito Brasileiro) não apenas para que os setores de engenharia de trânsito cumpram a legislação e deixem as cidades sinalizadas. Elas estão nas ruas para serem utilizadas e respeitadas por lei, por pedestres e condutores de veículos, conforme prevê os artigos 68 e 69 do CTB.
O trânsito é um local para todos os modais e os pedestres têm direitos e deveres a serem cumpridos. De acordo com o encarregado do setor de operações de trânsito da Cettrans/Transitar, Giovane Elias Rogitski - que encerra esta terceira semana digital do Maio Amarelo hoje (22) chamando a atenção para esses deveres - além de atravessar a via sempre na faixa de pedestres para garantir maior segurança, deve-se evitar cruzar em trechos com curvas ou pela frente de ônibus em pontos de paradas e olhar sempre para os dois lados antes de atravessar uma via, além de aguardar a passagem do veículo ou, que ele pare.
Em locais onde não há faixa de pedestres, deve-se atravessar de forma rápida, sem correr, transversalmente, sem usar o celular para garantir maior segurança, seja para atender ligação, digitar ou no fone de ouvido, pois todas as opções reduzem a atenção.
Onde há sinalização semafórica, deve-se aguardar o sinal verde para pedestre (botoeiras) e, no caso de não haver esta opção, sempre esperar o sinal vermelho para os veículos.
No caso dos ciclistas, Giovane alerta para usar as ciclovias e ciclofaixas e, nas ruas onde não há esta opção, andar na pista de rolamento, na faixa mais à direta, próximo ao estacionamento, além de usar equipamentos de segurança e sinalização.
"O pedestre, assim como o ciclista, motorista e o motociclista também faz parte do sistema de trânsito e têm seus direitos e deveres assegurados pelo CTB, então devemos sempre perceber o risco para proteger a vida, conforme o slogan deste Maio Amarelo, que está sendo realizado de forma digital este ano, mas com a mesma importância e objetivo, que é conscientizar para reduzir as mortes e as vítimas no trânsito", alerta Giovane.
Sinalização permanente
O setor de sinalização de trânsito da Cettrans/Transitar está em permanente atuação para, além de implantar e revitalizar travessias de pedestres, executar reposições de placas de sinalização; executar legenda de "pare"; lombadas; sinalizar entradas e saídas de veículos; fazer a manutenção e a instalação semafórica, sempre visando atender em prioritário às solicitações da população mediante estudos da divisão de engenharia de trânsito.
Na quinta-feira (21), por exemplo, uma das equipes trabalhou na sinalização de legenda "pare" e na travessia de pedestres da Rua Prudente de Morais com os cruzamentos das Rua João Fazio General Osório Souza Naves Carlos de Carvalho, na região sul da cidade.
Em média o setor realiza pelo menos 20 travessias de pedestres por mês.
Projeto Pé na Faixa
Em Cascavel, desde 2010, o setor de Educação de Trânsito da Cettrans/Transitar desenvolve o Projeto Pé na Faixa, uma atividade que chama atenção para a necessidade dos condutores respeitarem a travessia de pedestres e de os pedestres só atravessarem a via em segurança, na sinalização apropriada.
De forma lúdica a ação é realizada durante o ano todo, intensificada no mês de maio, pelo Maio Amarelo, contudo, este ano, as ações presencias estão restritas devido à Covid-19.
Apesar disso, a campanha realizada de forma digital pelas redes sociais, segundo a coordenadora do setor de educação de trânsito, Luciane de Moura, chamou a atenção durante toda esta terceira semana de maio para o pedestre e o ciclista, estimulando o respeito mútuo entre os usuários da via. "Embora o índice de atropelamentos tenha diminuído no último quadrimestre, precisamos sempre trabalhar para reforçar a necessidade de preservar a vida no trânsito e evitar óbitos, como o registrado esta semana em Cascavel, com um atropelamento de mãe e filha no centro da cidade. Para que essa realidade mude é necessário que haja conscientização tanto por parte dos pedestres como dos condutores, para que todos estejam atentos e percebem os riscos para proteger a vida", destaca Luciane de Moura.
Crianças e idosos geralmente são as principais vítimas de atropelamentos, por serem mais vulneráveis no trânsito, devido à mobilidade reduzida ou por não apresentarem a mesma habilidade no caminhar; a criança não tem a atenção necessária para perceber os riscos. "Todos têm responsabilidade enquanto cidadão. Cabe a cada um fazer a sua parte, praticando o respeito e a gentileza. Só assim, teremos um trânsito mais humanizado", conclui.
Assessoria