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Os eventos técnicos e o desenvolvimento do agronegócio - Dilceu Sperafico

Em 2017 a agropecuária e agroindústria do município produziram o equivalente a R$ 2 bi


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Como município detentor do maior Valor Bruto da Produção (VBP) do Paraná e do Sul do País, pelo sexto ano consecutivo, Toledo precisa aprender a valorizar e divulgar melhor a força, qualidade, diversidade e sustentabilidade de seu agronegócio. Somente em 2017, a agropecuária e agroindústria do município produziram o equivalente a R$ 2.162.263.535,01, conforme dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), do total de R$ 85,34 bilhões do Paraná. Em Toledo, ao longo do período, a suinocultura contribuiu com R$ 893,8 milhões; a avicultura com R$ 399,6 milhões; a soja com R$ 290 milhões; o milho com R$ 131 milhões; a pecuária leiteira com R$107,7 milhões: e a piscicultura com R$ 36,2 milhões, colaborando para a alimentação de parcela da população nacional e a oferta de excedentes para a exportação. Graças ao desempenho do agronegócio, Toledo também voltou a se destacar no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), ficando na sétima posição nacional e segunda estadual, em termos de desenvolvimento econômico e social entre 5.471 municípios pesquisados. Apesar de toda essa liderança no agronegócio estadual e nacional, Toledo vem sendo superado por eventos de diversas outras cidades do Paraná, com repercussão altamente positiva entre entidades representativas, órgãos de pesquisa e empresas do setor agropecuário, do País e exterior, com resultados positivos e imediatos para seus segmentos produtivos. Sãos os casos de promoções bem sucedidas como o Agroleite, de Castro, no Centro-Sul do Estado; a Feira da Indústria Latinoamericana de Aves, Ovo e Suínos (Avesui), de Medianeira; e os Shows Rural e Pecuário, ambos de Cascavel, estes três do Oeste do Paraná, tendo como sedes municípios altamente produtivos e desenvolvidos, no campo e nas cidades. Toledo, mesmo liderando há muitos anos o agronegócio paranaense, em 2018 não conseguiu realizar nem a tradicional Expo Toledo, com participação de todos os segmentos produtivos do município, sob a justificativa da execução de obras de duplicação da BR-163, dificultando o acesso ao Centro de Eventos e Convenções Ismael Sperafico. A Expo Toledo, vale ressaltar, precisa ter continuidade, por reunir segmentos importantes da economia local e regional, como o comércio, indústria e setor de prestação de serviços, além da agropecuária e atrações especiais, como rodeios e shows artísticos. Com essa diversidade de atrativos, o evento atrai a maioria da população, especialmente consumidores, mesmo tendo apenas a exposição de alguns poucos animais, para atender a curiosidade de moradores urbanos, especialmente crianças e adolescentes, sem nenhuma finalidade comercial e sem maiores riscos para a sanidade animal, de fundamental importância para a produção de alimentos. O fundamental seria eventos técnicos, com palestras, debates, difusão de novas tecnologias e repasse de conhecimentos e informações sobre tendências da produção e mercado de alimentos, no País e no mundo. Para isso, teriam participação de instituições de ensino superior, através de cursos voltados ao agronegócio, com a apresentação de pesquisas e propostas para o desenvolvimento da agropecuária, através da conscientização do produtor rural sobre riscos e possibilidades de novos investimentos no campo. *O autor é deputado federal pelo Paraná licenciado e chefe da Casa Civil do Governo do Estado E-mail: [email protected]

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