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Rondônia: Usinas terão que pagar elevação da BR 364

A reconstrução de Rondônia após a enchente do rio Madeira foi discutida em audiência


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A recuperação dos trechos das rodovias federais de Rondônia, destruídos ou danificados pela cheia dos rios do Estado e pelas chuvas intensas do inverno amazônico deste ano, devem custar mais de R$ 200 milhões. Nessa conta não está incluída a recuperação das rodovias estaduais e das estradas vicinais nem a elevação da pista da BR-364 nos vários trechos em que ela foi alagada em Porto Velho, no sentido Ponta do Abunã e Acre, que deverá ser paga pelas usinas hidrelétricas do rio Madeira. A reconstrução de Rondônia após a enchente do rio Madeira foi discutida em audiência pública, na última sexta-feira, promovida pela Comissão de Agricultura (CRA) do Senado, por iniciativa do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que reuniu representantes de diversos ministérios, governo do Estado e prefeituras para auxiliar no plano de reconstrução de Rondônia. De acordo com o diretor de Programas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Roberto Borges, a elevação da pista da rodovia nesses trechos foi feita levando em consideração a cota histórica da maior enchente do rio Madeira, até então, que registrou 17,52 metros em 1997. ?A enchente de agora foi muito maior, sem precedentes na história do Estado, atingindo a marca histórica de 19,74 metros e, portanto, temos que refazer os cálculos e elevar o grade {leito da pista} da rodovia acima da cota de 20 metros?. Ainda segundo Borges, esse estudo já está sendo feito pelo Dnit, com apoio das usinas hidrelétricas do rio Madeira, que deverão pagar a obra. Dnit só inicia recuperação quando águas baixarem O engenheiro do Dnit informou que a recuperação da pista em vários trechos da BR-364 será iniciada assim que as águas baixarem completamente. "Já estávamos preparados para iniciar a recuperação, mas ocorreu o repiquete, voltando a alagar a pista, e agora vamos iniciar os trabalhos assim que as águas baixarem completamente", frisou. Técnicos do órgão levantaram que 60 quilômetros danificados da rodovia deverão ser totalmente refeitos. A BR-425 também foi danificada, e pelo menos 30 quilômetros dela terão que ser refeitos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), com o apoio do Dnit, faz o controle do tráfego nas duas rodovias, liberando o trânsito de acordo com as condições da pista e o peso das cargas e veículos. O trânsito de caminhões voltou a ser liberado na sexta-feira. A BR-364 chegou a ser totalmente bloqueada por mais de 30 dias, isolando cidades do Oeste de Rondônia e do Estado do Acre. Um dos pontos críticos é na região de Mutum, numa extensão de dois quilômetros. O senador Acir Gurgacz também demonstrou preocupação com a pavimentação da BR-421, que com a abertura de um trecho de 12 quilômetros, cortando uma ponta do Parque Estadual de Guajará-Mirim, permitiu que os municípios da região Oeste de Rondônia tivessem uma rota alternativa, saindo do isolamento imposto pelas alagações nas BRs-425 e 364. "Estamos trabalhando para que essa rota seja mantida e pela pavimentação completa da BR-421, o que também se tornará uma rota importante para o escoamento de nossa produção agrícola", frisou. O senador também cobrou mais celeridade no serviço de manutenção de todas as rodovias federais no Estado e na construção da pontes na BR-429, bem como, da pavimentação de um trecho de quatro quilômetros no perímetro urbano de São Miguel do Guaporé.

Fonte: Diário da Amazônia

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