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Drones fazem monitoramento de resíduos de poda no aterro de Foz

Equipe do Parque Tecnológico Itaipu apoia dois projetos que buscam identificar os materiais


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O Parque Tecnológico Itaipu (PTI) apoia dois projetos da Universidade Federal da Integração Latino-americana (Unila), que buscam uma solução para os 4,2 mil m³ de resíduos de poda de árvore acumulados no aterro sanitário de Foz do Iguaçu ? quantidade que poderia encher mais de 4 mil caixas d água de mil litros. As iniciativas contam com o apoio dos drones do Parque para precisar o volume de material no local. Os projetos são realizados por alunos dos cursos de Engenharia Civil de Infraestrutura e Arquitetura e Urbanismo da universidade. Um deles, de pesquisa, analisa a viabilidade econômica da destinação energética desse material; o outro, de extensão, estuda a possibilidade do uso dos resíduos em produtos de design. Os serviços de poda de árvore são executados pela administração municipal e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a parte galhada dos resíduos vai para compostagem. O problema, segundo a professora do curso de Engenharia Civil de Infraestrutura da Unila, Katia Punhagui, é a parte lenhosa restante, que vai se acumulando no aterro sanitário. "Fomos lá fazer uma visita e vimos que o volume era considerável, pelo tamanho do aterro, e comparando com os montes dos resíduos sólidos urbanos", conta a professora. Pensando na destinação dos resíduos de poda, conforme Katia, existem diversas possibilidades técnicas, mas é necessário determinar qual a quantidade real do material para determinar qual delas é econômica e socialmente viável. Os drones do Parque Tecnológico estão auxiliando os projetos a saber quanto de resíduo de poda existe no aterro sanitário de Foz. Para isso, mensalmente, técnicos do PTI sobrevoam a área e fazem a medição do material encontrado. A duração prevista dessa parceria entre o Parque e a Unila tem a duração do projeto de extensão, de um ano. Na última medição, em outubro, 4261,9 m³ do material foram identificados no local. De acordo com a professora, esse prazo foi estipulado considerando a sazonalidade de um ano inteiro para o estudo da viabilidade econômica. Katia diz que somente os equipamentos disponíveis na universidade essas pesquisas poderiam ser dificultadas. "O benefício é a facilitação de quantificar a madeira, porque temos outros instrumentos, só que eles são um pouco mais demorados", comenta. Para a professora, outra vantagem é a aproximação entre o Parque Tecnológico e a universidade. De acordo com o gerente do Centro Latino-americano de Tecnologias Abertas do PTI, Miguel Matrakas, em uma primeira fase, estão sendo utilizados os drones e sistemas computacionais para mensurar o volume de material. Os dados serão confrontados a partir do próximo ano com medidas feitas pelos estudantes da Unila. "A partir desses trabalhos vamos determinar a precisão dos algoritmos e do processo de coleta com os drones e a ideia é que depois sejam usados apenas os equipamentos computacionais para estimar essas quantidades", explica. "Com a participação da equipe do PTI, o processo de mensuração do volume de material depositado fica mais ágil, ou seja, facilitando bastante esse processo", complementa Matrakas. Drones no PTI O Parque Tecnológico Itaipu vem utilizando os drones para uma série de finalidades. Os equipamentos são utilizados, por exemplo, no monitoramento e acompanhamento de obras, que podem ser do próprio Parque, da Itaipu Binacional ou de instituições parceiras. Um exemplo é a construção da segunda ponte entre Brasil e Paraguai, que está sendo construída sobre o Rio Paraná, na qual o PTI está dando apoio à Divisão de Apoio Operacional da Itaipu com voos quinzenais para captação de imagens que são usadas na geração de modelagens 3D, para auxiliar a tomada de decisão das equipes técnicas. O Parque também vem realizando capacitações com profissionais de outras instituições sobre o uso de drones, como foi o caso da Polícia Militar. O treinamento direcionado ao uso dos equipamentos na segurança pública foi entre os meses de novembro e dezembro, dividido em quatro oficinas com a participação de mais de 30 agentes.

Assessoria

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