O presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou hoje (17) que decretará luto nacional em homenagem aos 44 tripulantes do submarino ARA San Juan, localizado na madrugada deste sábado no Oceano Atlântico, após um ano e um dia desaparecido no fundo do mar.
"Vamos decretar luto nacional e, além disso, haverá ordem para que a bandeira que a meio mastro na Argentina", armou o ministro da Defesa, Oscar Aguad, em entrevista coletiva.
Acompanhado de diversas autoridades militares da Argentina, o ministro armou que Macri ordenou que todos façam "até o impossível" para descobrir o que ocorreu com o submarino. Por enquanto, o governo acredita que houve uma implosão da embarcação, que se dividiu em várias partes e chegou ao fundo do mar.
Emoções
"Sempre erros são cometidos. Posso ter pecado por ser otimista demais, reconheço, e talvez gerei expectativas que, não se cumpriram. Peço desculpas por isso, mas passamos por um ano muito difícil", disse o ministro ao responder a uma pergunta de um jornalista que o questionou se o governo fará uma autocrítica sobre a gestão do caso do desaparecimento do ARA San Juan.
O ministro ainda relatou que é difícil controlar emoções tão contraditórias em um momento como esse. "Por um lado há o alívio de ter encontrado o submarino. Por outro, a tragédia. Para mim é difícil assimilar isso. Imagino como é para as famílias."
A entrevista coletiva foi acompanhada pela maioria dos familiares dos tripulantes em Mar del Plata, cidade onde estava a base naval do submarino.
Todos foram para a cidade para uma cerimônia de lembrança das vítimas no primeiro aniversário do desaparecimento.
Antes de divulgar que o submarino havia sido encontrado, a Marinha entrou em contato com os familiares. Na manhã de hoje, eles receberam as primeiras imagens dos destroços da embarcação, feitas por robôs da companhia americana Ocean Innity.
Marinha argentina diz que submarino sofreu implosão quando desapareceu
O submarino argentino ARA San Juan, localizado no Oceano Atlântico, sofreu uma "implosão" quando a comunicação foi perdida, há um ano e um dia, e ficou alojado em uma depressão de 907 metros, o que dificultou sua localização pelos radares, informou hoje (17) a Marinha da Argentina.
Em entrevista à imprensa em Mar del Plata, onde o submarino tinha sua base e na qual estão reunidos os parentes dos 44 tripulantes, o chefe naval da cidade, Gabriel Attis, ressaltou que existem três imagens autorizadas pela
Justiça a serem mostradas às famílias, tiradas durante a localização, da vela, da hélice e da seção de proa.
"O submarino sofreu uma implosão", armou Attis, que não se aventurou a armar se será possível retirar os restos do aparelho, como pedem os parentes dos tripulantes.
"É preciso ver em que estado está o casco. Não acho conveniente neste momento me aventurar a dar uma resposta a respeito", acrescentou. Attis deu essas declarações na saída do hotel onde estão parte dos parentes, que foram informados com detalhes sobre a localização, e depois foi para a base naval, onde estão outros familiares dos tripulantes.
Agência Brasil
