O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou a possibilidade do direito ao aborto para grávidas infectadas pelo vírus da zika.
O processo começou a ser analisado no dia 25 de abril, analisado no plenário virtual, sistema em que os ministros apresentam seus votos à distância, sem a necessidade de uma reunião presencial ou por videoconferência.
A ministra Cármen Lúcia, relatora do caso votou por rejeitar a ação. O ministro Luís Roberto Barroso foi o único que apresentou ressalvas ao acompanhar a relatora. Para ele, a decisão "adia um debate importante no Brasil".
A ação foi apresentada em 2016, pela Associação Nacional de Defensores Públicos (Anadep), em meio às infecções pelo zika. Estudos analisam a ligação entre a doença em mulheres grávidas e o nascimento de crianças com microcefalia.
A associação que representa defensores pediu uma interpretação do Código Penal de forma a impedir a punição de mulheres infectadas pelo zika que interrompem a gravidez.