Política

Hospital da Polícia Militar precisa de mais profissionais

Hoje o hospital conta com 118 leitos, centro cirúrgico e 10 vagas de UTI


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As necessidades e demandas do Hospital da Polícia Militar do Paraná (HPM/PR) foram apresentadas nesta segunda-feira (28), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), pela chefe de planejamento do hospital, major Letícia Chun Pei Pan. Durante o Grande Expediente, a major apresentou dados, falou da importância da instituição à corporação e das demandas que eles possuem. "O trabalho deles merece todo nosso respeito. Eles estão aqui para trazer conhecimento deste grande hospital e falar das suas necessidades. Eu sou filha de militar e tenho um amor profundo por esta instituição", comentou a deputada Cantora Mara Lima (PSBD), propositora da explanação. A major falou da história do hospital que em pouco mais de 60 anos de história, acumula relevantes serviços em prol da saúde dos militares estaduais e atende perto de 100 mil pessoas. "Não há como falar do HPM sem falar da nossa grandiosa polícia que hoje representa, por lei, um efetivo de 28 mil homens e mulheres distribuídos nos 399 municípios paranaenses, atendendo diariamente seus mais de 11 milhões de habitantes", disse, ao destacar a missão da polícia em combater os crimes, preservar a ordem pública, fazer cumprir as leis e sobretudo proteger vidas. A chefe de planejamento também apresentou alguns dados deste ano da atuação da polícia no Estado como o atendimento a 540 mil ocorrências, 930 mil acionamentos e seis mil ocorrências via o APP 190. "A polícia deve estar disposta, apta, preparada e sobre tudo hígida. Mas para isso a tropa precisa estar saudável no cumprimento da missão. Por isso, é importantíssimo salutarmos e zelarmos pela saúde da nossa tropa", afirmou. De acordo com ela, são quase 100 mil pessoas, entre policiais e bombeiros militares da ativa, inativa e seus dependentes que dependem de atendimento do HPM. "Este contingente clama por saúde. E nos adoecemos mais que os demais, devido à nossa profissão e aos riscos constantes aos quais estamos submetidos", observou. Hoje o hospital conta com 118 leitos, excelente centro cirúrgico, 10 vagas de UTI, um prédio completo para serviços de análises clínicas, mas de acordo com a major, a entidade atente com menos de 17% da capacidade operacional preenchida. Ela também apresentou dados da Junta Médica da PM e chamou atenção para um dado que preocupa: o número de suicídio entre militares que é de 2,4 vezes maior que a população civil. Há também um déficit de 70% no número do efetivo médico. "Nós somos o aparato de proteção da sociedade e estes números são preocupantes. Além disso, eles reforçam a necessidade de oferecermos um sistema de saúde eficiente. Por isso, peço atenção dos senhores para quatro protocolos que podem nos ajudar", pediu a major. São eles: processo seletivo simplificado; anteprojeto de lei que trata do quadro da saúde da PMPR; o que prevê preenchimento das vagas dos oficiais do quadro da saúde e contratação de psiquiatras, psicólogos e assistentes e saúde. Ela também agradeceu todos os deputados que destinaram R$ 3 milhões através do Plano Paraná Mais Cidade, por meio da Secretaria de Saúde, ao hospital. "Ajudem a cuidar daqueles que cuidam dos senhores, de nossas famílias e de nossa sociedade a qual estamos inseridos", pediu ao finalizar sua fala. "Eles puderam falar do que necessitam e precisam. Pudemos ouvir as demandas por leitos, profissionais da saúde, de insumos. Percebemos que eles têm muita vontade de atender e trabalhar da melhor forma possível e ouvindo eles, podemos ver como ajudar com emendas, e através de ações via Governo do Estado", completou a deputada Cantora Mara Lima. Participaram da apresentação, o Chefe do Estado Maior da PMPR, coronel Lanes Randal Prates Marques, o diretor geral do hospital, tenente coronel Domingos Candiota Chula e o diretor administrativo do hospital, tenente coronel Mario Ricardo do Amaral. Histórico - No período do Império não havia a atual distinção entre União e Estado, e o atendimento médico-hospitalar dos policiais militares era feito nas enfermarias do Exército. Na Província do Paraná existiam duas enfermarias militares: Curitiba e Paranaguá. A primeira enfermaria da corporação foi criada em 1866, pelo então comandante-geral, capitão Manoel Eufrásio de Assumpção. Em 1880, com a criação Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, destinou-se uma ala ao atendimento das unidades militares da região; dentre elas o Corpo Policial da Província (PMPR), mediante uma contribuição paga pelos próprios militares. Com a Proclamação da República, e a subsequente separação entre as atribuições da União e do Estado, foi criada no Regimento de Segurança do Paraná (PMPR) a função de cirurgião-médico, com o posto de capitão. Em 1917 foi instituído o Serviço de Saúde na Força Militar do Estado (PMPR) e em 1952 foi organizado um pequeno Hospital de Emergência dentro das próprias instalações do Quartel do Comando Geral (QCG). Cinco anos depois, em 1957, o Poder Executivo abriu um crédito especial para a compra de um edifício destinado ao Hospital da Polícia Militar e em 31 de janeiro de 1958 foi inaugurado suas instalações no bairro Jardim Botânico.

assessoria

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