Depois de algumas tentativas de reforma, finalmente a ponte do lago foi concluída...
Imponente, a obra que custou R$ 270 mil foi entregue no fim de semana e contrasta com o assoreamento do Lago.
As imagens de drone feitas pelo cinegrafista Matheus Falkemback mostram bem as ilhas de terra e o verde do lodo preenche o local que deveria estar cheio de água. Sem chuva suficiente, o nível do lago está 85 centímetros abaixo do normal.
O assoreamento vem invadindo ano a ano cartão postal de Cascavel e faz algum tempo que o problema vem ganhando proporções maiores. Com isso vem aquela antiga pergunta... e o desassoreamento quando sai?
Segundo a chefe do IAT (Instituto de Água e Terra), só depois que a obra de captação do Rio São José terminar. E a Sanepar confirma e alega que qualquer movimento no sentido de se executar obras no lago deve esperar a entrada em operação da captação do rio São José, futura fonte de abastecimento de água de cascavel.
E o mais preocupante, a dragagem do lodo depende de um projeto que sequer existe.
Um detalhe, o desassoreamento é uma obrigação contratual ainda de 2004 entre a prefeitura e a Sanepar. Até hoje houve apenas uma retirada de 108 mil m³ de lodo, feita nos anos de 2010 e 2011 e que custou R$ 2,7 milhões.
De lá para cá nada mais foi feito e existe um jogo de empurra...
A Prefeitura diz que "não existe licenciamento ainda, e que a Sanepar precisa antes apresentar o projeto de desassoreamento, que está a cargo da companhia e reforça que ao município cabe somente o licenciamento ambiental. A Prefeitura em nota ainda diz que cabe a Sanepar responder sobre o assunto.
Já a Sanepar, informa que propôs a prefeitura de cascavel participar do chamado PSA - que é o Plano De Segurança Da Água, elaborado desde setembro do ano passado. E ressalta que para a implantação do plano, é necessário o envolvimento de várias entidades e órgãos públicos.
E neste contexto, o lago municipal é um dos pontos de avaliação e intervenção, e vai receber as medidas necessárias conforme definição de forma conjunta.
A necessidade é urgente mas por enquanto tudo depende do rio São José.
IMAGENS: Matheus Falkembach