O esboço da gestão do sonhado Hospital Municipal de Cascavel, agora chamado de Hospital de Retaguarda, começa a ganhar forma mas, agora, com novos traços e ampliação de cobertura. Está em vias de ser definida a transformação dele em Hospital Microrregional, incluindo Santa Tereza do Oeste e Lindoeste nos atendimentos de média e baixa complexidade, ou seja, casos menos graves. O prédio é o do antigo Hospital Santa Catarina, na Rua Domiciano Theobaldo Bresolin, no Bairro São Cristóvão. Hoje (19), os prefeitos Leonaldo Paranhos (Cascavel), Elio Marciniak, o Kabelo (Santa Tereza do Oeste) e José Romualdo Pedro (Lindoeste), batem o martelo entre eles sobre essa transformação. Depois disso, o debate vai para outras instâncias, como o Consamu (Consórcio Samu Oeste), que vai fazer a gestão deste hospital. E mais uma vez Cascavel vai dividir atendimento com pacientes de outras cidades? Sim. A transformação de Municipal para Microrregional é estratégica para garantir que o Estado e a União banquem a gestão do hospital que deve custar R$ 1 milhão mensal para manter, inicialmente, 40 leitos com aumento gradativo até 60 leitos. "Senão for assim o Estado não ajuda, e a política de saúde pede isso, fortalecimento microrregional". Na prática, a população de Cascavel, Lindoeste e Santa Tereza do Oeste terão atendimento nesse hospital sem que as prefeituras gastem um centavo sequer. Caso seja aprovada, as três cidades serão incluídas em uma rede de média e baixa complexidade que já existe em outros municípios. "Fecharia a política de fortalecimento microrregional, visto que Nova Aurora, Corbélia, Guaraniaçu, Quedas do Iguaçu, Capitão Leônidas Marques e Céu Azul são sedes de microrregião e já possuem hospital de média e baixa complexidade. Apenas a microrregião de Cascavel que não tem. Por isso da necessidade do Hospital de Retaguarda Microrregional", explicou ao blog secretário Thiago Stefanello. GESTÃO COMPARTILHADA A Catve já noticiou que a administração do Hospital de Retaguarda deve ser feita pelo Consamu. O modelo previsto é de gestão compartilhada, da mesma forma que já é feito na UPA Tancredo de Cascavel, e também em Guaíra. O Hospital Regional de Toledo também deve entrar no modelo. A proposta será debatida entre os municípios consorciados no dia 28 de novembro. O funcionamento está previsto para o primeiro trimestre do ano que vem. O atendimento depende da conclusão da reforma da UPA Brasília pois, no momento, os atendimentos da unidade são feitos no antigo Hospital Santa Catarina. EQUIPAMENTOS E uma notícia quentíssima. O Conselho Municipal de Saúde aprovou um convênio entre o Município e o Estado para compra dos equipamentos do futuro Hospital Microrregional. Serão R$ 4 milhões para garantir o "mobiliário" hospitalar.