A tensão política na América Latina continua.
Evo Morales renunciou à presidência da Bolívia neste domingo (10).
O vice-presidente, Alvaro Garcia Linera, também deixa o cargo.
Morales se viu pressionado pelas suspeitas de fraude nas eleições realizadas no dia 20 de novembro e que o reconduziu ao cargo com 47,07% dos votos.
Morales já havia convocado novas eleições após suspeitas de irregularidades apontadas pela secretaria-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) e recomendar a anulação do primeiro turno das eleições presidenciais. O chefe das Forças Armadas e a Polícia Boliviana haviam pedido a renúncia de Morales pouco antes do anúncio feito pelo então presidente.
"Após analisar a situação conflituosa interna, pedimos ao presidente de Estado que renuncie a seu mandato presidencial permitindo a pacificação e a manutenção da estabilidade, pelo bem da nossa Bolívia", afirmou o chefe das Forças Armadas, general Kaliman para a imprensa boliviana.
GOLPE
Em seu pronunciamento, Morales se disse vítima de um golpe de Estado.
"Lamento esse golpe cívico que atenta contra a democracia e a paz social com violência.
A luta não termina aqui. Vamos continuar com a luta pela igualdade e pela paz".
Ele acusa o ex-presidente Carlos Messa e o
Presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho de articularem o golpe e diz que decidiu renunciar para cessar a perseguição aos líderes sindicais e integrantes da esquerda boliviana.
"Decidi renunciar para que não sigam perseguindo os irmãos dirigentes sindicais.Espero que não maltratem os irmãos e irmãs e não tratem com mentiras o povo boliviano".
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