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Valor pontos de ônibus de Cascavel compraria 22 estações tubo


Os pontos de ônibus de Cascavel, comprados com dinheiro do BID, figuram entre os mais caros na comparação com Toledo e até com as estações tubo de Curitiba. Com o valor gasto em Cascavel, daria para comprar 22 pontos de ônibus iguais aos da capital. As equipes de CATVE de Cascavel, Toledo e Curitiba foram às ruas com a missão de apurar os valores que cada uma das prefeituras gastou com suas estações de ônibus. Realidades, tamanhos e modelos diferentes. Mas não é preciso ser um expert para avaliar qual a administração gastou demais com essas compras. No comparativo, as estações de Cascavel figuram entre as mais caras, inclusive, com as invejadas estações tubo da Capital. Vamos começar com Toledo. A cidade vizinha tem 497 pontos, em dois modelos diferentes. Estes mais simples, chamado de nível e estes um pouco mais modernos, os de nível II. Os menores custaram R$ 13 mil e os maiores R$ 20 mil. O preço se justifica na simplicidade das estruturas. São abertas, protegem pouco do tempo e tem o conforto de um banco para os passageiros. Na capital, a realidade é outra. São 200 estações tubos distribuídas, entre as simples e unificadas, com seis estações cada uma para receber os ônibus biarticulados. Fechadas, as estações são em nível, para evitar que o passageiro tenha que subir degraus, além do elevador para acessibilidade. Não têm cobrador e o sistema torna o embarque rápido, para agilizar o tempo das viagens. Cada uma das estações da capital custou R$ 350 mil; tendo um gasto de manutenção de R$ 1,1 mil/mês. Já em Cascavel, foram financiadas pelo BID, 46 estações, entre as instaladas na Avenida Brasil, Barão do Rio Branco e Tancredo Neves. Quem anda de ônibus sabe que elas não têm nada de especial. Não são em nível, são abertas e têm pouco conforto, restrito principalmente aos bancos. Nós já mostramos no EPC quanto custaram a estações da Avenida Brasil. As de 18 m, que são às menores foram pagos R$ 216.095 para cada uma dos 22 pontos de ônibus. Já nos pontos maiores, colocados em frente a Catedral, e que têm 36 m de comprimento, custaram R$ 391,911. Mais caras que as estações tubo de Curitiba. Os 12 pontos da Avenida Barão do Rio Branco custaram R$ 48 mil cada. Lembrando que eles já apareceram danificados. E ainda os pontos da Avenida Tancredo Neves, onde foram instalados quatro pares. Cada uma das 8 estações custaram R$ 209.546. O gasto total da prefeitura com os pontos de ônibus contemplados do PDI custaram R$ 7,8 milhões. Conclusão. Os pontos de Cascavel, na média, são mais caros que os de Curitiba e com o dinheiro aplicado nos pontos de ônibus no modelo de Cascavel, pouco inovador, seria possível comprar 22 estações tubo, como as de Curitiba.

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