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Governo garante que não faltarão recursos estaduais para salvamentos e reconstrução das cidades

Leite declarou que o governo não permitirá que os afetados sejam vítimas do desalento


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Foto: Lauro Alves/Secom

Em entrevista coletiva no fim da tarde desta sexta-feira (3/5), o governador Eduardo Leite garantiu que não faltarão recursos estaduais para a prestação de socorro às vítimas e para a reconstrução das cidades após o desastre ambiental que afeta o Rio Grande do Sul desde segunda-feira.

"O Estado tem suas restrições financeiras, mas não serão poupados recursos para prestar o atendimento necessário para salvar vidas e permitir a reconstrução do patrimônio público e das famílias gaúchas. Não permitiremos que os afetados sejam vítimas do desalento e da desatenção nos dias seguintes da enchente", afirmou.

Leite revelou que o governo retomará a transferência direta de recursos para os municípios, simplificando a burocracia por meio de um sistema de transferência fundo a fundo. O mecanismo permite que as prefeituras acessem o dinheiro rapidamente para atender às necessidades mais críticas.

O governador também anunciou a continuação do programa Volta por Cima, gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), que destina verbas a famílias extremamente pobres atingidas pelas inundações. Os beneficiados receberão os fundos por meio do Cartão Cidadão, utilizado na compra de diversos itens e serviços.

Salvamentos

Durante a coletiva, que contou com a presença do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, do titular do Comando Conjunto Sul da Operação Taquari 2, general Hertz do Nascimento, e do secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Wolff, Leite informou que mais de 8.600 pessoas foram resgatadas através de operações aéreas, marítimas e terrestres realizadas pelas forças de resposta integradas.

"Estamos buscando todos os meios, todas as formas de acessar as comunidades e salvar vidas. Muitas delas ainda estão inacessíveis. Ainda assim, o efetivo está sendo incansável. Por isso, quero agradecer o apoio de cada um dos homens e mulheres que estão cumprindo uma missão em um momento histórico, que estão à altura do que este momento exige", disse.

Leite ainda frisou a importância de obedecer aos alertas de evacuação da Defesa Civil. A pressão das águas vem sobrecarregando os sistemas de proteção dos municípios - como o muro da Mauá, em Porto Alegre - e não se descarta uma eventual ruptura dessas estruturas, o que pode colocar mais vidas em risco.

"Tudo é feito para que as estruturas resistam, mas não há como garantir a integridade total dos sistemas. Por isso, reforçamos o pedido para que as pessoas evitem estar próximas das áreas inundadas e perto de encostas e morros que possam ter deslizamento de terra", salientou.

Monitoramento das barragens

Segundo o chefe do Executivo, as equipes do governo seguem monitorando a situação da barragem 14 de julho, que sofreu uma ruptura parcial na quinta-feira. As forças de segurança do Estado transportaram técnicos da represa até o local para a realização da abertura de comportas, ação que diminui a pressão sobre a barragem.

Estrutura dos hospitais de campanha

De acordo com o general Hertz, o primeiro hospital de campanha será instalado no município de Estrela, no Vale do Taquari, onde foi observada uma demanda maior de atendimento médico. A montagem da estrutura será feita assim que as equipes conseguirem acessar o local. A localização de um segundo hospital de campanha ainda será definida.

Assessoria Rio Grande do Sul

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