Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM ) buscam moléculas capazes de combater a covid-19 entre os medicamentos que já são comercializados. Eles avaliaram os cerca de 2 mil fármacos aprovados, conhecidos e vendidos no paÃs, sendo que cinco foram considerados promissores e seguem em testes com células infectadas pelo vÃrus.
As análises vão indicar se essas substâncias são capazes de se ligar ao vÃrus e bloquear sua replicação. O grupo utiliza ferramentas avançadas de biologia computacional e inteligência artificial. De acordo com o centro, essa pré-seleção reúne drogas como analgésicos, anti-hipertensivos, antibióticos, diuréticos e outros.
O centro integra a Rede VÃrus MCTIC, iniciativa promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que articula a atuação de laboratórios de pesquisa inicialmente com foco em coronavÃrus e influenza. O objetivo é otimizar o conhecimento cientÃfico produzido no paÃs sobre este tema e contribuir para que isso se transforme em resultados práticos para a sociedade.
"Diante do cenário de pandemia, a busca por moléculas em medicamentos já autorizados é estratégica. Ao olharmos para substâncias já avaliadas como seguras, podemos chegar aos testes clÃnicos, com pacientes humanos, em um intervalo de tempo reduzido, se comparado ao processo normal de descoberta de fármacos", disse o especialista em virologia do centro Rafael Elias Marques.
Em relação a efeitos satisfatórios que algumas drogas tiveram no tratamento da covid-19, o centro avalia que esses resultados são relevantes e podem ser potencializados pelo trabalho dos pesquisadores no Brasil. Segundo o órgão, as terapias mais efetivas no combate à s infecções virais reúnem mais de um composto ativo para combater as frequentes mutações do vÃrus.
?É preciso um arsenal terapêutico, capaz de inibir diferentes alvos virais, como ocorre no coquetel utilizado contra o HIV. Esta estratégia está sendo adotada pelos pesquisadores do CNPEM nas pesquisas em combate ao covid-19?, informou o centro.
As moléculas dos medicamentos disponÃveis nas farmácias que se mostram promissoras para interferir na infecção são selecionadas e então são testadas em ensaios in vitro, para que seja verificada sua eficácia na eliminação da carga viral. Outro esforço do centro, segundo o órgão, está na determinação da estrutura das proteÃnas do coronavÃrus, que são formas ainda desconhecidas, e também da própria organização da partÃcula viral.
Agência Brasil
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